Quem nunca escutou a seguinte frase: fui ao médico e ele nem olhou nos meus olhos. Ficou olhando para o computador e pediu exames. Ou outra como: o médico nem escutou o que eu tinha para dizer. Prescreveu medicamento e não explicou o que eu tinha. Infelizmente encontramos esse cenário com certa frequência nos consultórios e nas relações entre as pessoas no dia a dia. A empatia, uma das atitudes humanísticas mais estudadas na atualidade, tem um papel fundamental para um comportamento ético e humanizado no atendimento médico e nas relações interpessoais. Ficam as perguntas: qual o real significado do termo empatia? Nascemos pessoas empáticas? Podemos perder nossa empatia? As respostas não são simples, mas podemos dizer que trata-se de uma qualidade pessoal que torna o ser humano capaz de compreender o sentimento do outro. É saber colocar-se no lugar do outro e por meio desta consciência desencadear atitudes de altruísmo e compaixão. Vale a pena comentar que experiências pessoais traumáticas podem influenciar na perda ou diminuição da empatia. O que podemos fazer para evitar essa perda? A questão é como lidamos com essas experiências. A autorreflexão e o autoconhecimento podem colaborar na preservação da empatia evitando a sua diminuição ou perda.
Texto publicado pela revista Viva Saúde
Por Dra. Graziela Moreto