Sabemos que cada vez mais somos exigidos. E que uma das consequências dessa exigência é que perdemos a essência da medicina de tratar o paciente, e não a doença. Durante todo o meu estágio da SOBRAMFA, pude ver que ainda vale a pena tentar ser um médico diferente. Vale a pena tentar ser melhor e lutar por uma medicina menos pragmática e mais humanizada. Pude ver que ainda há médicos que sabem ouvir e dar atenção aos seus pacientes, que têm humildade o suficiente para reconhecer que nunca é demais aprender e que sabem se colocar no lugar das pessoas que precisam do seu cuidado. E que pra isso, só é preciso se doar, se entregar e querer fazer o bem. Pude vivenciar inúmeras experiências e situações em que um simples olhar mais atencioso e cuidadoso, somado a uma palavra de conforto fizeram com que os pacientes se sentissem “curados”. Não há dinheiro no mundo que pague o sentimento de gratidão e o sorriso no rosto dos pacientes após as consultas. A sensação de “dever cumprido” e de ter conseguido fazer a diferença na vida daquelas pessoas deve ser impagável. Imensurável. Cada paciente deixará um pouco da sua história na minha história que está começando a ser construída. A principal recompensa da medicina é se sentir bem após fazer o bem. Isso, o dinheiro não compra. A beleza não conta. Os livros não ensinam. Medicina se aprende na prática. E isso eu pude aprender bem de perto. Com toda a certeza valeu a pena. Afinal, as almas não eram pequenas!