Alzheimer

Todos queremos envelhecer bem. A possibilidade de se perder a memória com o passar dos anos, ainda mais depois de tanto ouvirmos falar sobre a Doença de Alzheimer, tem aumentado as perguntas sobre este tema nas consultas médicas.

Cito duas situações que chegaram a mim. Primeiro uma mulher em torno de 50 anos começou a chorar na consulta porque sua mãe havia recebido o diagnóstico de Alzheimer e certa vez foi dito a esta filha: “tome cuidado, porque você também pode ter”. Ela me procurou para saber se corria mesmo este risco e como “tomar cuidado”?! Em outra situação, um senhor de 82 anos estava preocupado porque as vezes, “trocava o nome de alguns dos inúmeros netos e bisnetos e a família ficava brava com ele”!

Infelizmente não há cura para a Doença de Alzheimer, porém não é verdade que, necessariamente, acontecerá em mais membros de uma mesma família. Da mesma forma como devemos fazer exercícios físicos (que podem ter algum beneficio na prevenção da memória) devemos também exercitá-la e nos mantermos ativos intelectualmente, lendo, escrevendo e até realizando alguns exercícios do tipo palavras-cruzadas, Sudoku. Isto pode ter alguma contribuição para a preservação da memória.

Quantos aos idosos, que podem cometer alguns pequenos enganos ou esquecimentos, procuremos ter paciência, carinho e logicamente, manter um seguimento clínico rotineiro para uma possível identificação precoce desta e de outras doenças. Mas por favor, tenhamos também paciência.

E aos adultos mais jovens sugiro, diante da incerteza de se desenvolver esta doença no futuro, nos mantenhamos ativos física e intelectualmente, e não fiquemos apenas “curtindo” a vida nas redes sociais, mas sim ao vivo com os amigos, família, esportes, trabalho…

 

Texto publicado na revista Viva Saúde